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Tratamento da Esquizofrenia


A esquizofrenia na psiquiatria moderna é um diagnóstico muito amplo. Desde aquele indivíduo que apresentou um surto psicótico e se recuperou totalmente até aquele irrecuperável que vive num delírio crônico continuo são considerados esquizofrênicos. Além disso, sintomas como alheamento, improdutividade, déficit cognitivo (com o passar dos anos), apatia, isolamento e inadequação social, fazem parte do quadro.

Assim, por ser um quadro amplo, é comum indivíduos definitivamente não esquizofrênicos chegarem ao consultório com tal diagnóstico. Isso porque muitas vezes se confunde traços de personalidade com essa doença (para mais informações recorrer ao texto de transtorno de personalidade e psicopatia).

As pessoas podem ter traços como: uma tendência a persecutoriedade, uma facilidade de se empolgar com e fantasiar histórias e fatos, ser pouco produtivo ou até apático, certo retraimento social, hábitos estranhos ou exóticos etc. Isso é muitas vezes confundido com esquizofrenia.

Se recorrermos ao inicio do século quando o termo esquizofrenia foi proposto, podemos ter uma visão mais aprofundada. Esse termo literalmente quer dizer mente partida, isso porque talvez o principal sintoma da esquizofrenia seja a dificuldade de limitação entre o que é o individuo e o que é a realidade externa.
O esquizofrênico, por exemplo, não consegue distinguir se as vozes que ouve pertencem a ele ou vem de fora de seu corpo. Não distingue se há pessoas o perseguindo ou é apenas uma impressão sua. Não consegue aceitar que o que ele imagina de si (general, juiz, Jesus, pessoas com poderes especiais, etc) muitas vezes não corresponde com a realidade externa.

Assim, não faltaram teorias na tentativa de explicar essa doença intrigante.
Na medida em que a pessoa não consegue se distinguir da realidade, poderíamos pensar que o esquizofrênico é como se fosse uma criança, que se imagina como super-heróis, é egocêntrica, tem amigos imaginários, tem visões distorcidas da realidade, etc. De fato, geralmente os esquizofrênicos têm certa imaturidade, mas são pessoas que ultrapassaram as fases da infância e a adolescência e depois regrediram. Essa regressão afetiva (ou do aspecto emocional) é típica da esquizofrenia.

Essas características da doença deixam o esquizofrênico com uma visão subjetiva, diferente ou peculiar da realidade. Obviamente dificultam os relacionamentos sociais, favorecendo o isolamento, retraimento ou relações não habituais.

Além disso, quando estamos diante de um esquizofrênico sentimos uma estranheza chocante. Isso porque cada característica do esquizofrênico é uma característica humana distorcida, seja ela potencializada ou reduzida.

Olhar para um esquizofrênico é olhar para um espelho partido.